Não foi uma vitória tão chamativa quanto a goleada sobre a Alemanha na estreia, mas a classificação do Brasil para as semifinais do torneio masculino de futebol na Olimpíada teve um desempenho consistente que aumenta a esperança por medalha e, quem sabe, o bicampeonato.
O resultado magro, apenas 1 a 0 contra o Egito, não traduziu a superioridade da seleção brasileira. Não apenas em relação ao domínio do jogo, mas também às atuações individuais e coletiva, tanto defensiva quanto ofensivamente.
Matheus Cunha fez o gol do jogo, que teve ainda Richarlison, Claudinho e Antony como protagonistas de um ataque que funcionou muito bem diante de uma excelente defesa.
Após um primeiro tempo em que teve que enfrentar uma defesa fechada, e foi bem, o Brasil renovou as energias com subsstituições na etapa final e manteve o padrão. Poderia ter obtido uma vitória mais tranquila, mas desperdiçou algumas oportunidades.
Agora, a equipe comandada por André Jardine enfrenta o México, que bateu a Coréia do Sul por 6 a 3, na terça-feira.
O jogo
Após ter enfrentado Costa do Marfim e Arábia Saudita bem fechadas, a seleção brasileira mudou a estratégia para encarar o Egito, que também se defendeu com linha de cinco.
O ataque se posicionou com Antony pela direita, Matheus Cunha enfiado e Richarlison aberto do lado oposto. Em vez de cair pela esquerda, Claudinho flutuava por trás dos atacantes, mais centralizado entre as linhas. Enquanto Bruno Guimarães era responsável por abastecer esses jogadores.
O grande detalhe para o sucesso é que o Egito formava uma parede defensiva sem a bola, mas com ela avançava e marcava pressão, o que possibilitava passes esticados do Brasil para que esse quarteto funcionasse bem na frente. Foi assim que Antony subiu de produção.
Richarlison, em posição na qual está acostumado na equipe principal, levou vantagem no combate direto pela ponta, e foi o responsável por criar as melhores jogadas.
No fim do primeiro tempo, recebeu de Claudinho pela esquerda, fez um movimento para dentro e achou o companheiro chegando de trás livre. Matheus Cunha acertou no cantinho, com categoria. O Brasil não tirou o pé, mas teve dificuldade para ampliar.
O Egito se atirou ao ataquqe no segundo tempo e a parte física pesou para o Brasil, que perdeu duas boas chances nos primeiros minutos. Em seguida, Matheus Cunha sentiu um problema muscular e deu lugar a Paulinho. Jardine ainda mexeu mais, com as entradas de Reinier e Malcom nos lugares de Claudinho e Antony.
A superioridade brasileira da etapa inicial deu lugar a um equilíbrio de ações e de posse da bola. O Egito assustou. E apostou no fim nas bolas paradas, fraqueza com a qual o Brasil soube conviver.
Reinier fez linda jogada nos últimos mintos que poderia ter redundado no segundo gol, o que seria mais justo diante da apresentação da seleção brasileira. Mas o Brasil soube controlar a partida muito bem e chega com moral elevado na próxima fase.