A agência Estadão Conteúdo informa neste sábado (14) que o Ministério Público do Maranhão abrirá investigação contra o deputado federal Waldir Maranhão (PP), que é suspeito de ser “professor fantasma” na Universidade do Estadual do Maranhão (Uema) por dois anos. O Conselho de Ética da Câmara também promete investigar o caso.

Segundo informações que circularam no início da semana, o deputado, que é o atual presidente da Câmara, após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-MA), recebia cerca de R$ 16 mil mensalmente. A fraude teria ocorrido de fevereiro de 2014 a dezembro de 2015 – com quantia somada em R$ 368.140,09 nos recebimentos. O pagamento é criminoso, pois o servidor público que assume cargo de deputado tem que ser afastamento imediatamente para só em seguida começar a exercer seu mandato parlamentar e ser remunerado.

O promotor de Justiça e chefe da assessoria especial da Procuradoria-Geral de Justiça, Reginaldo Júnior Carvalho, disse que vai instaurar inquérito para investigar a situação. A UEMA informou para a agência que “a paralisação ocorreu quando a administração da universidade fez uma auditoria em sua folha de pagamento no fim do ano passado”.

“Vamos pedir informações à Uema, para saber qual é essa história de forma oficial, para fazermos o procedimento aqui no Estado. Vamos deflagrar o processo para apurar”, disse Reginaldo Júnior Carvalho à reportagem.