Vereador faz intervenção em favor de creche comunitária do Anjo da Guarda

armando costa

 

Mesmo não recebendo recursos estaduais e municipais e se mantendo apenas com a venda de artesanato, a Creche Escola Casa Benção de Deus, localizada na Vila São Luís, no Anjo da Guarda, atende 75 crianças carentes na faixa etária de dois a sete anos, vinte destas em tempo integral.

Para a diretora da  escolinha, Irilene Silva (carinhosamente chamada de Miúda), esse trabalho é gratificante, mas o local precisa de reparos estruturais para que possa dar comodidade e acolher mais crianças da comunidade.

O prédio onde funciona a creche passa por uma reforma, que está paralisada há vários meses por falta de recursos. Ao visitar a instituição nesta quinta-feira (03), o vereador Armando Costa (PSDC) ficou sensibilizado com a situação e assumiu o compromisso de buscar parceria público/privada para que a construção seja concluída.

“Não é o meu papel executar obras, mas como vereador de São Luís, assumo o compromisso de buscar parcerias, sejam elas privadas ou públicas, mas a situação tem que ser resolvida o mais breve possível. Estamos vendo a realidade, e como representante do povo, vou buscar através de requerimentos uma solução imediata”, destacou o vereador comunitário.

Pavão Filho lança livro nesta sexta-feira sobre direitos e exercício da cidadania

pavão

 

O vereador Pavão Filho (PDT) estará lançando o livro “Conheça seus Direitos, Exerça sua Cidadania”, nesta sexta-feira, (11), às 09 horas, no plenário da Câmara Municipal de São Luís. A obra é uma coletânea de quarenta e três (43) leis de sua autoria, ao longo de todos os seus mandatos de vereador em São Luís.

“Esse trabalho tem entre seus objetivos dar conhecimento para a população sobre os direitos que conquistamos no decorrer de nossa trajetória parlamentar em nossa cidade”, disse Pavão Filho. Ele acrescenta que essa publicação também servirá como uma ferramenta para o cidadão na tarefa de exercer os seus direitos.

Explica Pavão Filho que está procurando dá sua contribuição para o ludovicense trabalhar para o exercício da cidadania, “e esperamos colaborar com a população, por meio desse livro dando conhecimento dessas quarenta e três leis de nossa autoria, que visam zelar pelos direitos do cidadão, além de buscar conscientizar a todos sobre o pleno exercício da cidadania”, conclui ele.

Cantor Latino tem prisão decretada pela Justiça

LATINO

A situação de Latino está bem complicada, segundo o EGO. A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do cantor, por não pagar pensão para a filha Valentina, de dois anos, fruto de seu relacionamento com Gláucia Roberta de Souza.

O cantor tem uma dívida de R$ 140 mil, referente ao período de setembro de 2014 a setembro de 2015. Em agosto, ele foi intimado a pagar pelo menos três meses atrasados, cujo valor chegou a ser depositado. Porém, como não pagou o restante, Latino pode ser preso a qualquer momento.

Uma das razões para que a ação tenha chegado às últimas consequências é o fato de Latino não ter sido localizado e, portanto, não respondeu às notificações anteriores.

 

Advogado da mãe da criança, Fernando Abrahão explicou:

 

— A Justiça expediu o mandado de prisão dele porque ele não pagou o saldo que devia. A Gláucia foi comunicada da decisão, mas não ficou feliz. Não era o que ela queria. O que ela deseja é que ele pague o que deve para ajudar a filha. Mas como ele não cumpriu, que seja aplicada a lei.

Latino é pai de outros sete filhos, de diferentes relacionamentos. Isso sem contar o macaquinho Twelves, que é tratado como se fosse mais um rebento.

Eduardo Cunha diz que corte em programas sociais em 2016 é inevitável

CUNHA (1)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considera inevitável que programas sociais sofram cortes profundos no Orçamento de 2016, em discussão no Congresso.

TESOURA 2
“Muitos programas vão ter que acabar, não tem outro jeito”, afirma ele à coluna, citando que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por exemplo, “tem 2.000 programas” e que o Orçamento prevê
“R$ 15 bilhões para o Fies”.

TESOURA 3
“É preciso ter arrecadação [de impostos] para sustentar tudo isso. A sociedade vai ter que decidir se quer manter esses programas. Para isso, é preciso aumentar impostos, o que vai ser difícil de passar no Congresso. Será necessário, então, fazer uma opção”, segue Cunha.

TESOURA 4
Simone Tristão, mulher do ex-ministro José Dirceu (PT-SP), preso na Operação Lava Jato, está de mudança.

Deixará a mansão do Lago Sul em que vivia com ele, em Brasília, e se mudará para um apartamento de dois quartos no Sudoeste.

 

E-mail pra dona Bibi

Ei, minha gata, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas a encontrem no bem bom por aí. Por estas bandas, fofura, muita confusão. Agora, vem a história da sede do Sampaio Correa, que o presidente da equipe, deputado Sérgio Frota vendeu para uma empresa de construção civil, sem consultar a torcida ou mesma a diretoria do clube.

O problema só veio à tona, na esteira de outro parangolé, que é a invasão de parte do terreno da sede, onde um jovem foi assassinado na refrega com a Polícia Militar. Episódio que vem desafiando a Polícia Civil, já que um militar é acusado de haver executado o rapaz, mas exames de balísticas o inocentam.

O problema é que a venda do terreno da sede do Mais Querido só não está dando mais dores de cabeça para o Sérgio Frota, em função da equipe está se destacando na Copa do Brasil,  figurando entre os quatro primeiros colocados. Mas pode aguardar que ainda vem fuzuê por aí por conta dessa tresloucada comercialização.

A família dos sogros está em festa. Na quarta-feira, nasceu, lá em Imperatriz, o Joaquim, filho da Rafaela com o Markus Anderson. Já por aqui, o Miguel completou dois anos, que foram festejados neste sábado. Forrobodó daqueles.

Também neste sábado, comemoramos o centenário de nascimento do Georgino Benício Rodrigues, o Nhô, pai, amigo  e irmãozão, que fez a viagem celestial na maior serenidade, seis anos atrás. Grogue deu no meio da canela, da forma como ele gostava.

Bem, Bibi, deixemos estas histórias familiares de lado e vamos às mais interessantes da semana.

*

Sem harmonia, morena, a Escola de Música Bom menino. Com quatro meses de salário atrasados, os professores estão ameaçando paralisar as atividades.

*

A vereadora Rose Sales bate cabeça sobre seu rumo partidário. Iniciou a carreira no PC do B, foi para o PP de Waldir Maranhão, onde está desconfortável e corre o risco de ir para  o PV, que está a lhe estender o tapete vermelho, lhe oferecendo garantia de legenda para disputar a prefeitura de São Luis.

*

O Senado aprovou fim de financiamento de campanha por parte de empresas privadas. A Câmara Federal já havia aprovado determinação contrária. O Congresso bate cabeça em torno do assunto e o caso vai voltar para análise dos deputados federais.

*

Interessante, morena é que as empresas são proibidas de doarem dinheiro para a campanha, mas os empresários não. É a mesma coisa de chamar o eleitor de otário, coisa que os políticos fazem há bastante tempo.

*

Na realidade, Bibi, quando se fala em reforma política, há uma nítida controvérsia nos pontos mais polêmicos, entre a Câmara Federal e o Senado. Vejo isso como manobra para retardar as mudanças que o Congresso nunca estabelece. Depois, os parlamentares reclamam quando o TSE mete o bedelho na história.

*

A prefeita afastada de Bom Jardim, Lidiane Leite, entrou na lista dos procurados da Polícia Federal. Está foragida desde quando a Justiça decretou a prisão dela. Continua permeando o noticiário político/policial.

*

Está surgindo um novo personagem na Ilha, com nítidas pretensões políticas. Trata-se de um certo Nestor, ali pras bandas de Paço do Lumiar, comandante da invasão de uma área. Já tem até slogan para a campanha em busca de uma cadeira na Câmara de Vereadores daquele município.

*

Falando em Paço do Lumiar, o prefeito Josemar Sobreiro está mais sujo do que pau de galinheiro. Sua péssima administração está refletindo na imagem. Muito péssima, por sinal.

*

Pesquisa para aferir o humor do eleitorado de Paço do Lumiar em relação à eleição do próximo ano coloca Josimar como o sexto colocado na corrida para a Prefeitura.

*

O eleitor de Paço do Lumiar está ressuscitando é o ex-prefeito Gilberto Aroso, que aparece em primeiro lugar, seguido do ex-deputado federal Domingos Dutra, vindo na terceira colocação o deputado estadual Adriano Sarney.

*

O problema é que Josimar foi eleito, assumiu, mas jamais administrou a cidade. Deixou o comando com o vice e a esposa. Agora, está pagando o pato. Quiçá não venha a parar nas barras da Justiça depois.

*

A mesma coisa acontece em Raposa, onde o prefeito Clodomir Oliveira foi eleito e deixou a administração nas mãos da esposa. Foi afastado quatro vezes e conseguiu voltar definitivamente pelo TSE, mas não manda na cidade.

*

O ex-secretário de Saúde do Estado, Ricardo Murad enfrenta dificuldades para disputar a Prefeitura de São Luís. Os partidos que procura não querem lhe dar a legenda.

*

A crise econômica está tão gritante, que determinado comunicador, mesmo  desfilando a bordo de veículo de marca de estilo, anda pedido ajuda financeira aos leitores.

*

A Justiça determinou a completa recuperação da Santa Casa de Misericórdia. O problema pé a Justiça mandar e neguinho conseguir os recursos para tal. As santas casas em todo o País estão à míngua.

*

Já existem evidência, Bibi, de que o ex-presidente Lula agia como lobista junto ao governo de Havana, para liberação de recursos do BNDES. A cobra vai fumar na CPI que apura ladroagem  nos empréstimos do banco fomentador.

*

O prefeito de Tuntum, Cleomar Tema está sorrindo com as paredes. É que o governador Flávio Dino determinou à Secretaria de Saúde, a liberação de convênio para o funcionamento do Centro de Imagem daquela cidade.

*

O Centro de Imagem foi construído sete anos atrás e nunca funcionou, porque nos governos de Roseana Sarney, Tema foi vítima de retaliação. A coisa está mudando agora.

*

Tema contabiliza prejuízo da ordem de R$ 35 milhões de recursos que foram retirados do setor de Saúde de Tuntum, durante todo esse tempo. Um crime contra o povo, como ele afirma.

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior organizou uma vasta programação em comemoração ao aniversário de São Luis, que ocorre  na próxima terça-feira (8).

*

Bem, minha gata, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com teu rebento aqui, desde nascença.

*

Beijão do teu filhote amado

Djalma. Que deus nos abençoe

STF recebe informações de empreiteiro sobre Lula

ricardo-pessoa

As informações sobre o ex-presidente Lula contidas na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, já chegaram ao STF (Supremo Tribunal Federal). Elas foram dadas ao ministro Teori Zavaski pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

PRIMEIRO ANDAR
Zavaski deve decidir, no futuro, se envia os dados ao juiz Sergio Moro, no Paraná. O magistrado pediu mais informações a Janot sobre os fatos narrados pelo empresário.

MEZANINO
Também já chegaram ao STF informações sobre o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. A corte decidirá se eles devem ou não ser investigados de maneira mais detalhada. Os dois negam ter recebido recursos irregulares de Pessoa.

TURMA
O governo, que, como antecipado pela coluna, já tinha recebido informações de que Rodrigo Janot enviaria ao STF pedido de abertura de inquérito contra Mercadante, foi informado também de que é possível que os casos do ministro e de Aloysio, se tiverem sequência, saiam das mãos de Teori Zavaski. Eles podem ser distribuídos a outros magistrados.

FOI MAL
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) enviou recados ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo desculpas por dizer que o parlamentar deveria deixar o cargo caso virasse réu nas investigações da Lava Jato. Informou que chegou a pensar em convocar uma entrevista coletiva para se explicar, mas depois optou por deixar o assunto morrer na imprensa.

Ministro de Lula, Roberto Amaral chama Temer de golpista

Plantao Marina Silva

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral afirmou, nesta sexta-feira (4), que as declarações do vice-presidente Michel Temer expressam “um golpismo explícito”.

“É muito triste e muito grave. Falou o vice-presidente da República, o sucessor direto da presidente”, disse Amaral.

Segundo ele, não se pode encarar esse como um deslize, já que as declarações em que Temer sinaliza com a hipótese de assumir o governo são recorrentes.

“Dizer que não há uma tentativa de golpe é esconder o sol com a peneira”.

Embora afirme não gostar de comparações históricas, Amaral diz que a atitude de Temer faz lembrar o comportamento do ex-presidente Café Filho (1954 a 1955). Vice de Getúlio Vargas, Café Filho propôs uma renúncia conjunta. Sua sugestão elevou a temperatura do tumultuado momento político que culminou com o suicídio de Getúlio.

Em evento nesta quinta (3) com empresários, Temer afirmou que consideradifícil que Dilma consiga continuar mais três anos no cargo com uma popularidade tão baixa.

No início de Agosto, Temer afirmou que o Brasil precisa de alguém para“reunificar a todos” na crise.

Roberto Amaral presidiu o PSB até outubro de 2014. Na época, se recusou a apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições. Ele chegou a escrever um artigo para a Folha criticando a decisão do partido.

Jarbas Vasconcelos diz que deposição de Dilma é inavitável

vasconcelos

 

(Istoé)

 

Deputado do PMDB acredita que permanência de Dilma ficará insustentável com a chegada do País ao fundo do poço. Para sair da crise, ele defende um governo de unificação nacional conduzido pelo vice Michel Temer

Aos 73 anos, 45 de vida pública, o experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) já viu de tudo na política brasileira. Nada comparável à crise atual que, segundo ele, compõe um quadro de degradação e incertezas que jamais vivenciamos. “Na década de 70, tivemos muitos momentos de apreensão e inquietações. Mas nem naquela época vivemos um momento parecido com esse. Sabemos e sentimos que o Brasil está às vésperas de mudanças importantes, mas ainda não é possível saber quais”, avalia.
O PÓS-DILMA
Para Jarbas Vasconcelos, com a renúncia ou o impeachment
de Dilma, no dia seguinte o País será outro

 

Para ele, embora o imponderável prevaleça, a saída da presidente Dilma Rousseff é o caminho natural, quando a crise político-econômica, que ainda não atingiu o seu ápice, se aprofundar. “Até gente que compõe o governo sabe que as coisas estão insustentáveis. Ela está com a popularidade baixa e segue errando. Por isso, ou ela vai para a renúncia, ou para o impeachment. Não há outras opções no cenário atual”. Para Jarbas, no entanto, só um governo de unificação nacional pode tirar o Brasil do atoleiro.

 

Em sua avaliação, o mais talhado para conduzir o País para águas mais serenas é o vice-presidente, Michel Temer. Mas se Dilma não optar pela renúncia, um processo de impeachment só poderá seguir adiante depois que Eduardo Cunha for apeado da cadeira de presidente da Câmara, entende o parlamentar. “Ele (Cunha) pisoteou a moral e a ética da Câmara. Como vamos ter uma figura dessas comandando o processo? Antes de pensar em sucessão e na saída efetiva da Dilma, a gente tem de resolver primeiro a saída do Cunha”.
ISTOÉ – Como o sr. avalia o atual cenário do País? 

 

JARBAS VASCONCELOS –  Eu faço política há 45 anos. Fui senador, governador, prefeito, deputado estadual e três vezes federal. Eu posso garantir que nunca vi nada parecido. Na ditadura, fui um dos poucos com condições de denunciar prisões e torturas. Na década de 70, tivemos muitos momentos de apreensão e inquietações. Mas nem naquela época vivemos um momento parecido com esse quadro de degradação e incertezas que vivenciamos agora. Estamos em um processo que está chegando ao final.

 

ISTOÉ – O que vai acontecer?

 

JARBAS VASCONCELOS – Não consigo responder nem quando nem o quê. É um cenário imponderável. Estamos sem perspectivas, sem saber o caminho e o desdobramento das coisas. Em 1964, a gente sabia que haveria um golpe de Estado e que seria de esquerda ou de direita. Agora não. Sabemos e sentimos que o Brasil está às vésperas de mudanças importantes, mas ainda não é possível saber quais.

 

ISTOÉ – O impeachment ou a renúncia são probabilidades reais e viáveis?

 

JARBAS VASCONCELOS – Tenho certeza que sim. Acho que ela não tem formação para um gesto de grandeza como a renúncia, mas acredito que, embora difícil, isso possa acontecer.  Minha impressão é que mais cedo ou mais tarde a ficha dela vai cair. Até agora, quando Dilma fala, parece que está no mundo da lua. Nos últimos dias eu a vi repetir que a crise é passageira. Ela sabe que não é! Não chegamos ainda ao fundo do poço, mas estamos bem próximos.

 

ISTOÉ – O País vive o aumento dos impostos, a volta da inflação e retorno do desemprego. Pode ficar pior?

 

JARBAS VASCONCELOS – O fundo do poço chegará quando a inflação aumentar ainda mais, quando o desemprego atingir taxas incontroláveis e quando as medidas de aumento dos tributos se mostrarem ineficientes para cobrir as despesas. Nesse momento, quando as coisas piorarem ainda mais, pode ser que a ficha dela caia e ela veja que não pode ficar onde está. As pessoas próximas a ela já podiam falar que estamos chegando ao final. Aí, ela renunciaria ao mandato e livraria o País desse processo desgastante que é o de impeachment.

 

ISTOÉ – O sr. fala como se a saída da presidente fosse inevitável… 

 

JARBAS VASCONCELOS – Acredito que é inevitável a saída dela. O Collor perdeu o mandato com quase dois anos de governo. Dilma acabou de completar oito meses de mandato e já vive essa crise política. O governo Dilma apodreceu antes mesmo do tempo de uma gestação.  É por isso que eu acredito que a gente caminha para a sua saída.

 

ISTOÉ – Nas conversas privadas, qual é o sentimento dos parlamentares com quem o sr. tem conversado? 

 

JARBAS VASCONCELOS – Há muita inquietação. Até gente que compõe o governo sabe que as coisas estão insustentáveis. Entendimento com Dilma é uma coisa fora de cogitação. Ela está com a popularidade baixa e segue errando. Por isso, ou ela vai para a renúncia, ou para o impeachment. Não há outras opções no cenário atual. Nessas duas hipóteses, o denominador comum é Michel Temer. Acho que todos os partidos têm o compromisso de unir forças e ajudar nessa mudança, nessa travessia.

 

ISTOÉ – Esta travessia ocorreria com a economia pior ou melhor do que está?

 

JARBAS VASCONCELOS – Dilma renunciando ou Dilma sofrendo um impeachment, no outro dia, o País seria outro. Os setores iriam pensar positivamente. Chegamos a essa situação porque o conjunto da sociedade foi atingido. Hoje você tem a insatisfação do dono da casa até a empregada doméstica. Essa coisa ainda não explodiu e se concretizou porque estamos no Brasil.

 

ISTOÉ – Mas o processo de impeachment seria conduzid o inicialmente pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de corrupção. O que isso pode acarretar?

 

JARBAS VASCONCELOS –  A Câmara está comandada por uma pessoa, no mínimo, confusa. Acho que o atual presidente da Casa tentou usar a chefia da Câmara para se proteger das denúncias de corrupção. Eu sabia que ele era lobista. Mas votei nele porque achei que o mal maior era entregar a Casa ao PT. Entretanto, confesso que não esperava tanta suspeitas em torno dele. Eu li as 80 páginas de denúncias contra ele e asseguro que são coisas escabrosas, vergonhosas.  Ele pisoteou a moral e a ética da Câmara e ficou sem condições de presidi-la. Imagina se a Dilma insiste em ficar no cargo e esse cenário desemboca no processo de impeachment? Como vamos ter uma figura dessas comandando o processo? Antes de pensar em sucessão e na saída efetiva da Dilma, a gente tem de resolver primeiro a saída do Cunha. Estamos trabalhando no manifesto que defende sua saída.

 

ISTOÉ – Por enquanto, o manifesto possui menos de 50 assinaturas. É um mau sinal?

 

JARBAS VASCONCELOS – O passo importante é haver o manifesto. Conseguimos o apoio desses deputados poucos dias depois de divulgá-lo. O Eduardo Cunha ainda mantém certo poder. Isso porque todos os postos-chaves da Câmara, das CPIs às comissões, estão sob seu controle. A CPI da Petrobras tem feito chantagens com os envolvidos a mando do Eduardo Cunha. As ameaças de convocar a família do Alberto Youssef são recados mandados pelo Eduardo Cunha. Ele usa CPIs e cargos a serviço dos próprios interesses.

 

ISTOÉ – O que ainda sustenta o Eduardo Cunha?

 

JARBAS VASCONCELOS – A votação expressiva que teve entre os deputados. Ele tenta convencer de que é o Planalto e o PT que estão por trás dessas denúncias contra ele. Isso termina confundindo um pouco as pessoas que não gostam do governo. Mas essa sustentação vai acabar quando o Supremo acolher a denúncia contra ele e abrir a ação penal.

 

ISTOÉ – A partir daí o impeachment começaria a ser discutido oficialmente?

 

JARBAS VASCONCELOS –  Sim. Primeiro é preciso mudar o comando da Câmara e colocar alguém capaz de conduzir esse processo. Depois partiríamos para a nova fase de mudanças.

 

ISTOÉ – Um impeachment dependeria também da disposição do presidente do Senado. Mas Renan Calheiros tem dado demonstrações de alinhamento ao governo. 

 

JARBAS VASCONCELOS – O Renan já fez várias travessias. Do jeito que ele vai para o governo, ele abandona. No primeiro semestre, a maior oposição foi feita por ele. Eduardo Cunha faz uma oposição desgovernada, Renan não. Ele devolveu uma medida provisória, que é coisa rara. Como ele fez essa travessia em direção ao governo, acredito que ele pode retornar para reforçar o impeachment.

 

ISTOÉ – Qual será o papel do ex-presidente Michel Temer nesse cenário? 

 

JARBAS VASCONCELOS – O Temer terá um papel importante se perceber a dimensão do momento. Parece que ele já iniciou esse processo. Quando ele dá por exaurida a missão dele nas negociações do ajuste fiscal, acho que ele abre espaço para fazer uma coisa importante. Isso não é fácil, pois ele tem os compromissos assumidos pelo cargo de vice-presidente. Acredito que quando ele começar a conversar com as pessoas do partido que, como eu, são da ala mais afastada dele, vai perceber que estamos dispostos a nos unirmos. Eu votei contra ele duas vezes nas últimas eleições. Mas agora estou disposto a ajudá-lo.

 

ISTOÉ – Como seria o PMDB no poder? 

 

JARBAS VASCONCELOS – Se for um governo do PMDB, já começaria errado. Para dar certo, teria de ser um governo de coalizão nacional.

 

ISTOÉ – O sr. sempre foi um critico do PMDB. Em 2009, chegou a ser ameaçado de expulsão porque afirmou que a legenda era composta por pessoas corruptas. Por que nunca saiu?

 

JARBAS VASCONCELOS –  Não deixei o partido porque fundei o MDB e o PMDB. Não tenho natureza ou espírito tucano.

 

ISTOÉ – Mas o sr. é mais afinado com os tucanos.

 

JARBAS VASCONCELOS – Sim, eu votaria em Aécio. Mas acho que mexer em calendário eleitoral não faz sentido e pode atrapalhar a discussão importante que é a saída do Cunha e da Dilma. Depois dessa etapa é que poderíamos pensar nas próximas.

 

ISTOÉ – Qual é o papel do PSDB nesse cenário?

JARBAS VASCONCELOS – Teria de unificar o discurso. O PSDB não pode chegar para discutir o impeachment com duas ou três correntes internas. O maior partido de oposição não pode querer discutir um tema tão complexo estando dividido.

 

ISTOÉ – Como senador, o sr. participou de sabatinas dos procuradores-gerais. Como vê o arquivamento do pedido de investigação das contas de Dilma Rousseff logo após a recondução de Rodrigo Janot ao cargo?

 

JARBAS VASCONCELOS –  Não foi uma coisa boa. Ele não pode ter dois pesos e duas medidas para conduzir investigações. Isso é coisa que dá para apurar. Teria de ter mandado apurar as contas porque o Ministério Público não pode ficar protegendo Dilma. Ele tem de saber que não deve favor a ela. Dilma simplesmente indicou quem encabeçava a lista do Ministério Público porque obteve mais votos dos próprios colegas. Fez o que há muito tempo os presidentes fazem por coerência. Indicá-lo não foi um favor.

 

Helder Aragão sofre derrota no Superior Tribunal de Justiça

hELDER aRAGÃO

Helder Aragão

 

Itamargarethe Corrêa Lima

Ao que tudo indica, até o momento, apenas o desembargador Luiz Gonzaga, aquele que cassou a liminar da juíza de Anajatuba – Mirella Freitas, possui juízo de valor distinto em relação ao prefeito de Anajatuba – Helder Lopes Aragão(PMDB), denunciado pelo Ministério Público Estadual por integrar uma organização criminosa suspeita de já ter desviado mais de R$ 14 milhões de reais do erário público.

Recentemente, diante da farta documentação probante, o prefeito maranhense sofreu derrota no Superior Tribunal de Justiça – STJ, em decisão proferida pelo ministro Ericson Maranhão. O engraçado é que mesmo tendo decisão favorável proferida pelo desembargador Luiz Gonzaga, Helder Aragão ajuizou junto ao STJ uma ação arguindo conflito de competência entre o Tribunal Federal da 1ª Região e o Tribunal de Justiça do Estado.

Na petição, como tem foro privilegiado, a defesa do prefeito pleiteou que o poder de cautela da investigação originada pelo inquérito de nº 452/2014 instaurado pela Superintendência da Polícia Federal no Maranhão fosse encaminhado ao TRF da 1º Região, o que impediria o TJMA de deferir medidas cautelares ou receber qualquer denúncia contra o prefeito.

De pronto, com base nas informações fornecidas pelo Ministério Público Federal, o ministro relator rechaçou os argumentos da defesa, e assim se pronunciando: “O presente caso tem urgência no pronto atendimento em virtude de se tratar de uma organização criminosa que está em plena atividade realizando o furto e desvio de milhões de recursos públicos federal, estadual e do próprio município de Anajatuba, assim sendo, ante ao exposto, denego o conflito de competência suscitado”.